sábado, 28 de novembro de 2009

Completamente Subjugado




Contente, satisfeito, sortudo, afortunado, abençoado.

Exprimindo agradecimento.

Bem vindo a revolução


O vento da primavera bate nas curtinhas do quarto de Sofia, agora a pouco. Com um ar de frustração que estava, começa a lembrar do que passou e decide aniquilar tudo.

Cartas, poemas, palavras sem nexos.

Sua pele branca como a maioria das inglesas, com um olhar de surpresa, ela senta em sua cama coberta com uma coxa floral, continua a observar o que tinha lhe chamado atenção. Um livro, livro então nunca visto, com uma dedicatória inigualável. Com os olhos encharcados de lagrimas, agora então deslizando em seu rosto, lendo cada palavra daquela escrita. Soltando seus cabelos lisos e claros, começa a queimar com uma fúria estupenda as palavras que pra ela, ainda sem nexos, por um simples fato de ser tudo mentira.

O pássaro raro pousa em sua janela e a diz - que todos os dias o sol levanta trazendo um NOVO dia, fantástico um mundo surge do nada. E ainda assim, existem pessoas entediadas! E o tal pássaro Raro voa.

Assustada com tudo, levanta lentamente, ajeitando sua camisola branca com babados, e se propõem a ir na janela onde ocorreu o fato, se abaixa e pega um papel deixado pelo pássaro...

“ Para que se deveria, em meio a grande ausência de limites, colocar a todo custo um limite qualquer? ” Jostein Gaarder.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Internacional de um idoso


Estou vendo um pouco embaçado, ouvindo quase nada, minha pernas doem. Não estou falando e as vezes peço com gemidos, para alguém me alimentar e matar a sede constante.

Cortinas floridas, ventilador de teto todo feito de madeira, um abajur, uma cômoda velha de madeira clara, esse é meu lar? Lembro quando enxergava o quadro negro da professora, que ainda dificultava com aqueles giz grossos. Ouvia os passos da minha mãe quando estava chegando perto do meu quarto, para me desejar uma boa noite e um doce beijo no final. Competi varias vezes das corridas com barreiras, que tinha na universidade, nem lembro mais de quantas medalhas ganhei. Depois de formado, morei em vários lugares do mundo, aprendi varias línguas e culturas. Engraçado falar nisso, sempre contava essas histórias para os meus filhos, eles adoravam saber de outros povos, outras culturas, depois comecei a contar para os meu netos, nossa adoravam também, mas depois começaram a não me ouvirem mais nem prestavam mais a atenção. Acho que até a minha mulher já estava enjoada de todas às vezes estava do meu lado quando as contava. Flor... Como a chamava, minha doce Flor, não me apaixonei por mais ninguém. Quando ela se foi meu mundo caiu, minha respiração não foi a mesma, meu coração desacelerou, meu sorriso diminuiu, mas até hoje aqui em cima dessa cama, sinto as borboletas nos rodeando, sinto o seu doce beijo, o coração saindo pela boca, a mão suada e o seu cheiro penetrando todo o meu ser. Hoje eu queria a minha vida escrita por alguém, mas de tanto não falarem mais comigo, aprendi a desaprender a falar, já não ouço e nem ando. Já - já se desligam as luzes, para que todos durmam... Essa é a hora que encontro com Flor, é a melhor hora. Tudo termina quando me acordam para dá um banho frio e me colocar novamente na cama. Não vejo a hora de NÃO acordar.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Curta no fim




Areias em seus pés, vendo grão em grãos deslizando em seus dedos, com seu vestido perola com flores laranja, sentada em frente d’água, água do mar de Ipanema. Lá estava Silvia, pensando na grande viagem que teve visitando as culturas, a diferença, a arquitetura, a satisfação, a educação, as crenças e o povo.

Vendo o que passou ainda sentada nas areias de Ipanema, olhando para as luzes iluminando a Praça do Arpoador. Lembra das luzes de velas que viu os fieis devotando ao seu santo, dos cantos, das vontades, o empurra-empurra, os choros e as mãos para o céu.

Olhando para o chão e para os seus pés, sente como é bom ter tido essa experiência que achava que não existia, imaginou quando chegou de volta, contando para as suas amigas as grandes e empolgantes novidades e vendo que para elas não tinha a importância merecida e experimentada.

Voltando para casa, agora já bem escuro, abre a porta do seu Chambord, sentando com os pés para fora e tirando a areia deles com um lenço da mesma tonalidade do seu vestido. Acende um cigarro, liga o toca-fitas... "Oh my baby, just care for me". Ficou se questionando sobre essa verdades regionais que não tem muita explicação e não fazem nenhum sentido pra quem é de fora.

Para não ter preconceito, basta conhecer.

domingo, 16 de agosto de 2009

O deserto da vida.



A areia branca surgiu como lençóis finos e extensos, querendo cobrir o rosto do grande ponderador, aquele que fica na espreita dos lençóis gigantes do que parece ser ilimitado.
Nota-se que esses semelhantes lençóis te causarão frio, quando a lua estiver em oposição com o sol e te amarfanhar com os cristais miúdos.
Mas caminhas, pisando nesse solo agora claro, patente, seguindo um rumo já exposto e velejando no vendo asseado e promissor.
Seguindo a luz amarela, amarela esclerótica, essa o qual só um pode expor... o génio, o sol.
Por sua vez não ficaras como os Taurom, que ficam parados apanhando o sol durante as lides, segue a tua aptidão, não só busca a luz quando estiver carecido, lance-se nesses lençóis, mesmo que te machuquem, adquire essa experiência.
Quando sair desse ermo, veras que não precisava ter caminhado tanto para que jogasse a pequena garrafa com notáveis vaga-lumes, bastava jogá-los no lençol que no frontispício se formol.
Se sentir dificuldades de sair dele, escolha um dos dois elefantes que ganhei de um anjo, anjo o qual tem a mesma luz do grande astro, que esperarei vê-lo novamente, talvez na mesma mesa, com o mesmo cigarro, quem sabe seguindo o mesmo ritual singular ele volta.
A lua não estará todos os dias nesse seu deserto, mas não se receie, jogarei os vaga-lumes para te guiar na treva fria do crepúsculo.
E acredita nesse teu principiante, na veracidade dos sinais, mesmo que te falarem que tem um lindo jardim no meio desse breu, o jardim cultivado, melodioso, mas que sempre tem as suas folhas secas, que são encontradas raramente debaixo das árvores excessivamente altas... confie.
Esse jardim não é secreto, não tem chave, não é oculto, não precisa de palavras mágicas e não tem nenhum gigante a sua espera, ele fica no meio do deserto, é bem fácil de achar, é só seguir a grande luz amarela, e se sinta preparado para beber da água, falar com os bichos, pisar nas folhas secas e comer as frutas debaixo das árvores notáveis.
E quando puder passe na casinha lenhosa, que está pronta depois de ter passado por uma modificação de uma organização existente. Entre nela, encontrará um velho, com seus cabelos brancos, rosto obsoleto e inteligência rara. Explore-o, converse, pense em tudo que ele tem para te falar. Vai encontrar fraqueza no seu olhar, mas é da idade não ligue, ele estará sempre ao encontro do seu olhar e ficaras completamente hipnotizado.

Atreva-se e tenha uma boa jornada.

Duas caras?



What is yours?

Um até logo.




AAAAahHHhhhhh...
Um grito de “eu não tenho culpa”;
Um grito de “eu erro!”;
Um grito de injustiça...
Por quê?
Por que fizeram isso com meu pássaro verde? Por que cortaram as penas de suas asas? Todo mundo sabe que eles ficam desequilibrados!
AAAAAAAAAAAAhhh
Outro grito...
Gritar para aqueles que deduzem;
Gritar para aqueles que fofocam;
Gritar para aqueles que sofrem...
O pássaro verde agora tem uma meta, que foi obrigado a seguir.
1º ter que se acostumar ao desequilíbrio;
2º tentar outra forma de voar;
3º saber que vai ter sempre alguém que vai cortá-la novamente.
AAAAAAAAAAAhhhhh...
Gritosssssssss...
Gritos para uma multidão de imbecis que sofrem antecipadamente;
Gritos de raiva para pessoas frustradas.
Meu pássaro agora come com receio, mas cumprindo exatamente os seus objetivos.
Uffffaaa...
Um alivio de está certo;
Um alivio de erra;
Um alivio...
... Em saber que as penas sempre crescem.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Só uma pequena análise



Fico perplexo quando lembro de fatos, que para mim agora analisados, são extremamente ridículos. Ridículos na forma que foram expostos.

Estou agora... recebendo uma leve brisa da tarde junto com o sol acompanhando o meu pensar, ou melhor... reflexão.

Depreendi que não devo debochar mas ter a consideração com que se ouve. É de ouvir uma pequena história mas que fala de um grande homem, aceitar o que me querem passar, seja ela funesto ou regular, mas para saber que tenho que absorva o necessário e o valoroso.

Caracterizo que se for passar por uma nova reflexão, não terei culpa, se achando um merda, quando souber que o grande homem da pequena história está ao seu desistir.

Ouvindo e entendendo, hoje choro em saber da "diminuta narração".

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Curta



Ventos sopravam em seu cachecol creme, preso em seu chapéu, completando com seu terninho salmão claro. Dirigia seu Simca Chambord 1966, conversível, vermelho com creme. Indo para um lugar nunca visitado... Essa é Silvia, perua com suas pulseiras e brincos, curiosa com suas perguntas e aventuras.
Na mão esquerda segurando seu cigarro com piteira e ouvindo no toca fita do carro Nina Simone - My Baby Just Cares For Me relembrando o seu encontro de amor do passado, indo sem destino ou si quer roteiro, querendo desbravar tudo e todos, só com duas malas D&C e seu óculos Prada.
A caminho de um deserto nordestino brasileiro, ela encontra vários lugares curiosos e pessoas extravagantes no modo de viver, extravagantemente simples. Como um rifão ela encontra dona Chica, uma senhora pobre moradora do brejo, possuindo uma casa de barro e um cachorro, sem filhos, sem marido e visinhos, Silvia desce do carro com um sapato alto e fino arrastando a terra com o pé esquerdo para apoiar a sua descida. Cumprimentou dona Chica e fez um mine questionário. Dona Chica uma senhora de 91 anos, com muitas dores nas costas e saudosista, morando a 10 anos sozinha e se divertindo ao mesmo tempo encantando Silvia, cantando musicas de Salvador, a sua terra natal,
“ODÔ, AXÉ ODÔ, AXÉ ODÔ, AXÉ ODÔ
ODÔ, AXÉ ODÔ, AXÉ ODÔ, AXÉ ODÔ”
Silvia entra no carro com os olhos molhados e com gostinho de cafezinho na boca, depois de ter sentado e esperado dona Chica fazê-lo no seu fogãozinho a lenha.
Chegou a sua primeira cidade, parando seu carro debaixo de uma única e grande árvore que era enfrente de um conjunto de casas, uma branca com varanda, outra verde clara, uma laranja com portão marrom, crianças brincando no balanço feito com pneu de carro e corda pendurada nessa grande árvore. Começa a conversar com seu Pereira um senhor de 75 anos, que estava sentado na sua cadeira de balanço, feita de canudo azul e ferro. Conversaram sobre as rinjas e mortes que houveram entre as famílias poderosas do povoado. Silvia poderia ser uma perua, mas sabia muito bem se relacionar com quaisquer caracteres.
Procurou a única pousada que a indicaram para tomar um banho, depois de ficar meia hora enfrente de seu Pereira ouvindo as histórias dele contada com pausas para inalar seu cigarro de rolo.
A noite descobre que terá uma festa da santa da cidade, nossa senhora dos poderes eterno, uma multidão, que juntou todos os povoados vizinhos... Muitas velas, cantos, sinos, rezas, choros, pessoas de joelhos, pernas de cera, fitas de desejos, figas, um contraste que Silvia nunca tinha questionado em viver.
De manhã cedo pegou seu Simca Chambord e voltou para a capital do estado e prometeu que iria voltar, não por ter que viver para aprender, mas sim... Aprender para viver.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tudo é relativo



“ensaboa menina, ensaboa, ... até a noite chegar... oioiioioioi”
- Por que cantas tão feliz? Já que moras numa casa de barro sem luz.
- Purque agente... num sabe? Nascemus assim, já sem nada.
- O que esperas do futuro?
- Futuru? A Deus pertence! NE meu fi?
- Viver na Caatinga é difícil?
- Ave Maria, é muiitho, sabe? Já passei fomi, eu, minha mãe, meus irmãu. Já cumi caquito com feijão preto. Mas hoje ate vivo bem.
- Pretende sair daqui?
- Meninoo (hahahahaha) consigo não esse menino, to veia, acostumada e só de pensar em deixar isso aqui, meus olhos começam a sair lagrimas.
- Chore não dona Maria.
- É difici viu meu fi, mas se eu conseguir lavar essas 50 peça de roupa, vou ganha pelo menus 10 real... né não?
- Obrigado dona Maria
- Vai fica pru cafezinho não meu fi?
“Ensaboa mulata ensaboa...”


Dicas:
1. http://www.youtube.com/watch?v=G65TUaU1WUQ

2. http://www.youtube.com/watch?v=2lvX-Nx9oto

domingo, 5 de julho de 2009

A Enlouquecida

A prostituta enlouquecida grita...
É eu que sou errada ou é ninguém que presta?”
“Comento coisa erradas ou erram comigo?”
“é mudar para ser certa ou continuar para encontrar o certo?”
Deitada no chão termina...
“Se o diabo esta dentro de nós... onde está Deus?”

Misto de franqueza e verdade.



Mais uma aurora no jardim laranja, dessa vez com os frutos e bichos existentes.
O jardim já declarado como magistral, só pelo simples fato de ter sido queimado e ter retornado das cinzas. No entanto não foi um lume dessa vez que destruiu o melhor que o jardim tinha e sim o liquido puro que o alimentava... a água!
No jardim, nunca contado antes, tinha uma gruta agora secreta, uma gruta que habitou sem sigilo o seu apuro. Secreta agora por não ter sido preservada.
O mapa escondido onde mostrava o seu lugar, não adiantou para que soubessem o caminho, um ser muito esperto a tinha achado sem mapa e sinalizações. O deixei habitar na gruta, afinal não tinha ninguém, só que manifestei bem, que teria que deixar sempre limpa e não quebrar nada, porque ela não teria mais concerto, mas o principal, nunca tocar na pedra da traição.
Todos os dias o serzinho limpava a gruta, comia as frutas do jardim e molhava as flores ao redor. Era um inquilino típico de uma obra tipográfica.
Então nessa aurora do jardim laranja, ele decidiu ver essa “tal” pedra da traição e foi indagá-la. Lá estava ela, cravada no topo da gruta, circundada com ouro e brilhantes, semelhava-se uma pedra normal, mas tinha uma coloração diferente, avermelhada. O ser quando a viu se encantou e a segurou na mão...
... O chão abriu, os pássaros voaram, os outros seres correram e uma corrente rápida e estreita de água numa barra começou a cair bruscamente.
É isso, acabou, o segundo término do jardim, o fogo e contraditoriamente a água.
Novamente vou plantar, colocar a pedra no seu lugar, fechar a gruta, a esconder com palhas de coqueiro, colocar merda para adubar a terra...
E ajudar um único pássaro que sobrou a voar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A ilusão da época



1900,
Sara mãe de Pedro e João.
Pedro um menino frágil, branco, com bochechas bem rosadas, os cabelos lisos e loiros. Já o João com os seus cabelos negros e também lisos, mais magro do que Pedro, e um fato inesperado, aos poucos foi sendo privado da visão.
Sara uma mulher elegante e gentil, com os seus 30 e poucos anos, filha de portugueses, bastante branca com os seus cabelos cacheados, presos por alguns grampos prendendo o todo, deixando alguns dourados fios soltos, por fim um chapéu bege com babados para cobrir um pouco do seu rosto.
A vida de Sara era regrada de fatos, detalhes e narrativas, para que o mundo de João fosse o mesmo de Pedro pelo menos semelhante.
Ela era mãe solteira morando perto do Rio Sanhauá, com os dois filhos em um sobrado. Tinha uma sala, com seu sofá português, e sua arca de madeira escura, a apoiar suas taças de cristais e porcelanas com gravuras em azul, provavelmente de Portugal. Do lado, então, o primeiro quarto, que Sara o fez dispensa. Mas na frente sua mesa com mais de duzentos quilos acompanhada com cadeiras de madeira e acolchoadas com veludo vermelho, o piso combinando com o teto, todo de madeira. A cozinha que vinha na seqüência era pequena com o fogão a lenha junto com seu ferro de passar e algumas panelas de barro.
No andar de cima dois quartos, seu e dos meninos. E logo na frente uma varanda toda de madeira para um pôr-do-sol inesquecível de todos os dias. E ao fundo um banheiro pequeno todo com azulejos brancos.
Viviam bem com o dinheiro que o pai de Sara tinha deixado antes de morre, coisa que ela sabia administrar muito bem.
Fumava rolos de cigarros que comprava com alguns coronéis da época, que além de vender os rolos de fumo, a pedia em casamento. Sara nunca aceitava, só queria tratar-se dos filhos e mais nada.
Ao passar dos anos, o João morre com cegueira total e tuberculose. Sara resistiu com força e coragem.
Fez de tudo para que Pedro estudo medicina e passe a ser um homem de bem e independente. E foi exatamente que aconteceu.
Aos seus 99 anos, hoje Pedro descreve toda essa história em uma carta, que a escreve todos os dias, sempre a completando e essa dificuldade é por ter mal de Alzheimer.
“minha mãe morreu aos 87 anos em 1970, lúcida, gentil e linda, foi minha guerreira e a do meu irmão, até o fim. Obrigado ó bela, doce, branca mãe.’’

segunda-feira, 25 de maio de 2009

L/L.



A música que tocava, era um estímulo para Laura L. Sentada no banco da frente do carro, olhava a chuva cair. Mexia-se conforme os movimentos precisos do carro, ela via essa cena, ela pensava nessa cena. Com o cigarro na mão, viajava em seus pensamentos, seus pensamentos loucos, embora sem erros. Sentia gargalhadas e conversas, mas não tirava o seu olhar dos pingos d’água que caiam no pára-brisa.
Laura observava seus movimentos, sua mão delicada com o cigarro indo para boca carnuda e vermelha até retornar as suas coxas brancas e aveludadas, via a fumaça que soltava lentamente, até parecia que queria seduzir alguém, com tanta sensualidade. Pegava-se às vezes observando à fina fumaça que saia do seu cigarro e o seu olhar negro no retrovisor embaçado.
Olhou para o lado e viu as pessoas conversando, mas não os conseguia ouvir, nenhuma voz atravessava o seu raciocínio.
Por fim a música parou, ela olhou para o “toca-fitas”, com uma expressão de decepção... tudo voltou, às vozes, as buzinas, as gargalhadas, sentiu os pingos antes não percebidos tocando na sua pele, ela por sua vez, colocou o seu rosto belo para fora e sentiu as gotas miúdas e espaçadas de chuva, ainda falou baixinho com sua voz doce e gentil... “quero viver nesse pensamento observador, sem crueldade, coloca de novo essa música e me faz ser feliz...”

domingo, 17 de maio de 2009

Sorte de hoje:



Sorria. Isso basta

Noite Stand Up Comedy




Primeiro, misture mulheres e homens, com sentimentos vastos;
Claro, que VOCÊ, precisa degustar e misturar bebidas, para que o “efeito” comece;
Ai vem o terceiro, já com todos bêbados, você senta e começa a observar;
O melhor é que a trilha sonora ajuda na “comedy”, que vem do É o tchan e vai até “I Want You Back” dos Jackson Five;
Observa-se que todos quê beberam, eu falei todos, estão dançando, se escondendo, alguns dando socos no ar - são os anabolizantes-;
Ai tem alguns que te puxam para filosofar, mas não perca o foco, dê respostar curtas e continue observando os “outros”, e dê logo um tchauzinho para o “filosofo”;
Continue bebendo, mas não entre na dança do casal que está do seu lado, a qual vai até o chão e volta e isso tudo ao som ainda dos Jackson Five;
Então junte-se ao seu melhor amigo, que ainda está sentado, e comente sobre o casal;
E noite vai acabando, você já com licor de Amarula na mão, no meio da roda do “estatua” um grande sucesso do É o tchan... É isso mesmo, você tem que participar no final;
E dance, dance, dance... -Viva-

P.S.: Quero uma festa com o tema "Jackson 5".

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mila

Não consigo parar de rir, sempre quando estou com ela, à negra do meu rebolado...
Às vezes solicito pra cessar os movimentos ou ações, aqueles que sempre me fazem gargalhar...
Como podes ser assim, morena de deusa estampada, como podes ser a minha alegria ou meu conforto?
Não é minha palhaça,como podem pensar, mas sim... replico! É minha Alegria.


Não sei se desobstruo a geladeira pra pensar ou se simplesmente não penso...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O poderoso Poder

Nasci em uma Província Império Românica. Minha família é de uma linhagem de bruxos, feiticeiros poderosos.
Minha mãe tem poderes de convocar os espíritos, conversar com eles e combinar as matérias que são retirados da natureza, para fazer remédios e venenos.
Meu pai não convoca, mas com as palavras certas ele consegue fazer sol, chuva e o anoitecer.
Minha irmã mais velha, prever mortes e conquistas e os fazem concretizar-se mais rápido.
Meu irmão do meio, ele tem os poderes de convocar da minha mãe e o de fazer anoitecer do meu pai.
E por isso minha preocupação, não consigo prever, nem garoa. Só tenho um poder besta... Não durmo, com isso fico “protegendo” a todos, ELES enquanto dormem, perdem todos os poderes, mas sempre estou ali para qualquer suspeita... Os acordarei.

domingo, 12 de abril de 2009



Meu estar bem!!! (escuta)
Gostaria realmente de fazer uma poesia daquelas que combina palavras com teu nome, palavras que às vezes são difíceis de compreendê-las, mas...
Quero que saiba que o aprender com você, é viver abstraindo coisas;
Acordar com remela e receber um “eca”, em vez de, “tudo bem, acontece”;
É ficar com você o final de semana todo e sentir saudades na segunda;
Poder falar tudo;
Ganhar um chocolate seu e uma coca-cola sua, mesmo com a sua cara de “por quê você aceitou?” ;
Viver rindo da cara dos outros e na cara dos outros;
Fazer você beber vários licores de menta com vodka, porque sei que vai ficar alegre e eu gosto disso.
Gostaria de expor o que aprendi sobre espiritualidade, mas só me da vontade de dizer que és minha alma – gemia.


A poesia,
Maristella, quem é ella?
É a boneca metamorfose, do botequim;
Que veio sem mudança pra perto de mim;
Da eloqüência, por ter a Arte de bem falar;
Com poder de não julgar;
O que serve para estabelecer a verdade de um fato ou de asserção?
É poder falar agora que tem meu coração;
E na minha pulsação tem tua primeira inscrição..
Um simples homem com seu uniforme azul, colocando tijolos em um carrinho de mão, numa noite em que a lua começa a “se aparecer”.
Para onde ele o leva? Construir que tipo de espaço?
O futuro? Sim, o futuro.

sábado, 28 de março de 2009

"Os normais"



(Ler bem descontraído)
Salve, salve, chegou a hora dos desconhecidos, dos atrevidos, dos loucos e das amostradas.
Da eloqüência e do poder;
Da vitória do ser;
Estamos aqui ao vivo, para salvar a vida dos desenganados, para alegrar os tristes, conversar com os solitários, viver com os “de bem com a vida”;
Beber sem dirigir, beber sem lançar pela boca o conteúdo gástrico, beber, “viver”;
Comer comida gelada, acordar cedo, tomar suco de maracujá no café da manhã e ir para o trabalho e simm! Assistir aula bêbado depois de um problema em casa;
Correr para chamar um taxi, tomando café e ajeitando o cachecol, tudo isso em Nova Iorque;
Cantar no banheiro, chorar no banheiro, escorregar no banheiro;
Falar sozinho, sem ter um amigo imaginário;
Acreditar em Deus -“ave Maria!”, chamar a mãe;
Falar de mais, falar abobrinha, falar com os gestos, observar, nadar, correr, brincar!
Estamos aqui sempre que vocês precisarem, liguem....
...liguem para as suas vidas.

domingo, 15 de março de 2009

pensando no passado, formar idéias no futuro


Chegado à primavera, quando meu jardim incendiou. Lembro que estava lindo, com todos os detalhes que queria, mas mesmo assim, EU, o fiz arder. Cansei de cativá-lo, protegê-lo, tenho outras expectativas, não quero ser esse “jardineiro fiel”. E ninguém precisa se preocupar, porque descobrir que tudo que tinha nesse jardim era de mentira, de plástico, tudo colocado no local correto, sem nenhum erro, para que nada fossem notadas, as árvores, os pássaros, as borboletas... as folhas secas e a casa de madeiras podres eram de verdade, elas foram as que queimaram mais rápido, o céu límpido que via, era com tinta guache e uma iluminação boa. Tenho que admitir que foi um projeto quase perfeito, seria perfeito para aqueles que não desejam um jardim como o meu, como nos meus sonhos que nunca quero deixá-los de sonhar. O jardim era meu, mas não tinha sido eu que o tinha feito. Agora remanesceram cinzas, pó, um odor ruim e um terreno para refazer com as minhas próprias mãos “o jardim secreto”, que ninguém possa tocar, só assim sairá do meu jeito.

terça-feira, 10 de março de 2009

Requerimento


Senhor presidente,

Ivo Rodrigues Chaves Neto, CPF: ********, vem requerer de Vossa Senhoria o desligamento e a referida isenção de contribuição do ser amoroso, já que o mesmo deu baixa e deferido no CNA (Conselho Nacional dos Amorosos), no dia 10/03/2009, no caso, hoje.

Nestes termos pede deferimento.




João Pessoa, 10 de Março de 2009.



Ivo Rodrigues Chaves Neto
Assinatura

segunda-feira, 9 de março de 2009

Meus causos

“Oushe, é tu mermo leso” (Maria Antonieta )
É ela mesma, a filha de uma égua, que laçou meu coração.
Andava só nos becos e ladeiras do Pelourinho antes de vim pra Paraíba.
Chegando à Paraíba, ela se amulestou e foi morar no galpão no centro histórico e sozinha.
Mantendo seus cabelos cheirosos e com a cor rojo, como se diz lá nas Espanha, querendo provocar, pode uma coisa dessa, vixi Maria! Ela é linda que só a bexiga.
E como não bastasse o “rojo” dos seus cabelos, ela se vestia com mesma tonalidade.
Então chegou o grande dia, o dia que conheci a mulher. Eram seis horas da noite, a rua alaranjada, por conta do sol que tava indo embora, me encontrava sentado na beira de um bar bebendo um copo de refrigerante, quando vejo, ela, bonita, sedutora, rebolando, jogando charme, toda de vermelho, com o olhar sorrateiro, pronta pra dar o bote.
“oww Antonieta, pare com isso minha filha, você só provoca, bichinha!”
Antonieta, Antonieta, ali sim era mulher de verdade viu. Porque meu bichinho, que mulher da mulesta.
Chegou me olhando, olhou minha mesa, deu um sorrisinho e foi embora, sem da uma palavra, a como meu coração acelerou, correio que só.
Quando já estava totalmente escuro, fui mim borá pra casa, no meu caminho escuto uma voz de longe, bem feminina... “ei homi olha aqui, olha.” Menino como me virei, pois num era ela, na esquina me chamando! Tomei um susto, perguntei na hora se era comigo.
“Oushe, é tu mermo leso”.
Fui andando até ela, com um medo que ave Maria. “Pois não?” perguntei logo.
“eu tinha te visto, e gostei mais que de mais de tu , visse ?!”
E foi logo me levando pra o galpão, escuro, com paredes pichadas, com uns desenhos meio diabólicos, confesso que tive medo, mas logo ela me confortou nos seus braços e foi a melhor noite da minha vida.
Acordei no dia, de baixo de um pé de pau deitado no banco da praça com o sol já batendo na minha cara e sem entender nada, fui procurar o velho galpão e cadê ela... “sumiu”, foi o que o porteiro da embaixada da Espanha me falou... “ela saiu bem cedinho, pediu pra três caras te levar pra culá, e foi descendo por aí!”
Ave Maria! Perdi o amor da minha.
Agora eu me pergunto... será que me apaixono só por ilusões ?

Bem querer




Quero uma boa música;
Uma noite daquela;
Com a lua daquela;
Junto com o pôr-do-sol daquele;
Cerveja gelada;
Mulheres conversando;
Coqueiros balançando;
Dançar feito louco;
Comer com gosto;
Uma festa;
Recordar um amor antigo;
Filme antigo, alugado;
Acender um incenso
Pipoca com guaraná;
Abraço de mãe;
Do pai;
Do espírito;
Cheirinho de bolo quente;
Comer bolo quente;
Ter alguém especial;
Ser alguém;
Qualquer música na voz de Bethânia;
“Ter alguém especial”... e que ela goste de você.
Quero diariamente o bem querer, meu, junto com o seu.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Cena imaginaria

Ela: saia daqui!!!!! (chorando, gritando, com a mão apontada para a porta de madeira grossa).
Ele: vou mesmo, eu te odeio e te traí mesmo (gritando com o tom mais baixo do que o dela e olhando firme para os seus olhos chorosos).
Ela pula em fúria e da uma tapa no rosto DELE.
Ele: é por isso que não gosto mais de você e te traí! (com a mão no rosto, um olhar de fúria e virando para a porta, saindo e fechando com a mesma fúria.
Ela caída no chão agora, com as mãos abraçando o invisível em seguida arrastando o cabelo para o rosto junto com as lagrimas escorridas. Deita na cama macia e desarrumada, abraçando agora o travesseiro, sem conter as lagrimas.
Ela: por que você fez isso comigo e ainda debocha? Por queeee? (chorando e sussurrando).
A cena continua no outro dia, ela abrindo os olhos, olhando para a claridade que vinha da varanda, coberta pela cortina branca e fina. Ela levanta da cama, com o cabelo desarrumado e com a maquiagem borrada (preto). Afasta a cortina, e passa para o outro lado, vê a rua e o movimento, com a cabeça um pouco inclinada para fora.
Ela: Bom dia! (fala para si mesma).
Telefone toca, ela corre, afasta a cortina de novo, a cortina enrosca na perna, que quase a deixa cair.
Ela: Alô?
Ele: Amor? Desculpa, eu te amo, foi tudo por conta da raiva, a traição, o medo. (voz mansa e carinhosa)
Ela: ta bom AMOR, eu também te amo. (confortada).
Narrador: sua BESTA!
FIM.

domingo, 1 de março de 2009

Sucesso imprevisto.




Sonhei de novo.
Continuei a caminhar, entre as poças de água e o medo de voltar a ver o beco, não entendia o medo, mas sentia muito. Andando naquela rua encharcada, me lembrou um pouco a infância que tive, uma infância solitária mas consoladora, tinha que caminhar só e preparar minha própria alimentação. Então novamente estava só, mas agora em uma rua desconhecida e fria.

Aquelas pedras molhadas e escorregadias me faziam andar apoiando-me nas paredes dos prédios antigos, olhando para baixo sempre, fui vendo a água da chuva, agora findada, escorrendo em um pequeno córrego, perto da calçada. Designando meu espanto, vi em uma das poças um brilho, bem no meio. Chamou-me para ver mais de perto, vejo nitidamente que é uma aliança.

Pergunto-me, por que uma aliança? Que sentido tem em meu sonho trazer esse sinal? (O qual o considera). No meu próprio sonho questiono essa coisa.

Aproximo-me para pega-la, ponho meus dedos naquela água gelada e límpida, e a pego entre eles, a analiso e vejo que é uma aliança grossa e com somente um brilhante, tendo também algo gravado interiormente...
“Siga a luz”.

Enfim acordo com o alarde do poste rebentando com um estrondo e soltando flashes de luzes brancas. Esse mesmo posto leva a luz que iluminava meu sonho, que agora tenho que esperar para que chegue, porque tenho receio do escuro... Mas vou esperar amanhecer, que o sol vai me trazer a energia, para que eu possa acender minha própria luz e acabar esse medo do escuro.

E a luz do meu sonho? Aquela que tenho que seguir?
É essa luz que tenho que preparar amanhã, a minha luz.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sempre tentando.



Andando numa rua escura e melancólica, com uma nevoa me cegando. Uma rua estreita e antiga feitas de pedras e trilhos de bondinhos, os prédios todos com três andares, antigos a ruínas, só tenho a luz de dois postes e o nascer da lua. Faz frio e silêncio... Só consigo escutar minha respiração ofegante e os meus passos apressados.
Parei enfrente de um prédio que me chamou atenção, ele tinha aparência de velho, como os outros, mas ele era o mais velho, por isso minha ATENÇÃO, era um antigo cinema já fechado, mas ainda tava lá, a bilheteria com os vidros empoeirados e rachados, com ingressos ainda no balcão. As portas vinho com dourado de madeiras podres e descascadas, as luzes que serviam para chamar a atenção para os filmes exibidos, quebradas! Aproximei-me mais e vi que do lado da porta tinha um papel velho e amarelado grudado, continuei aproximando-me para tentar ler as letras já desgastadas com o tempo, e tinha... “Siga em frente que acharas o que procuras, mas não entre no beco sem luz”.
Sai meio assustado e olhando para trás vendo o prédio sumir por conta do nevoeiro. Virei-me para frente e comecei a andar a nevoa na frente quase não tinha, não conseguia olhar para os lados com medo de ver o tal beco sem luz. Minha respiração ofegou ainda mais, estava no meio da rua, tropeçando nos trilhos, de repente uma chuva muito forte começou a desabar, corri para debaixo de outro prédio que dessa vez era um antigo hotel, que na entrada tinha uma lona que terminava até a rua, fiquei lá debaixo morrendo de frio agora. Meus cabelos molhados juntos com meus braços, não chegou a molhar muito por ter sido rápido na escapada. Tentava tirar a umidade do meu corpo, a chuva ainda muito forte, olhava para frente e não via nada... Tão rápida que ela veio mais rápida ela acabou, e com isso deu para os meus olhos agora renovados, enxergar o que estava na minha frente e do pequeno hotel, quando vejo, era ele, o beco sem luz, fiquei pasmo, meu rosto soado e molhado com a chuva e a correria, soando mais por conta do medo. Respirei e andei ate o meio da rua e vi que no final do beco tinha sim uma luz, meu coração quase para quando vi. Continuei andando para chegar mais perto e a luz apagou como se alguém tivesse me visto, dei um passo para trás e me virei para continuar minha caminhada, com agora a rua cheia de poças e mais fria do que antes.
Como todos os meus sonhos sempre acordo sem saber o final, sempre fico frustrado.
Penso agora... O que será que tinha nesse beco? O que era aquela luz? Quem apagou? E o porquê não poderia entrar lá.
Mas sabe, que por isso quando estou acordado, sempre TENTO, para nunca ficar nessa incerteza. E um dia desanuviarei a atmosfera dessa história.

A voz do meu sonho



Por que sentir sua voz no meu sonho?
Acordei com sua voz suave e delicada. Uma voz protetora como de uma Deusa de um templo Grego.
O meu despertar foi um pouco assustador, por ter uma facilidade espiritual de uma bela comunicação, mas sempre preocupante.
Confesso que procurei outra mulher quando a senti, mas logo me deu um sinal que era você, você, a escolhida, desde uma noite quente de um sábado.
Estava a sua procura.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Outono.



Cor de laranja ele se encontra, o meu jardim de árvores grandes, que contorna um caminho até chegar a um abrigo de madeiras podres.
Mas até chegar nesse abrigo, você passará por folhas secas e alaranjadas, não terá flores, entanto novas vidas surgiram você ira perceber pelo sentido da vista.
Tão lindo o meu jardim nessa época do ano, mas trazendo a memória, não existem flores, e com isso as vidas que preciso não se encontram nesse período.
Então caminho até o meu abrigo quase abrandado, no caminho mais lindo que já vi, as árvores me acompanham, com seus troncos escuros combinando com as folhas laranja que cobriam o céu ainda límpido. Então fico a espera interiormente até a chegada das borboletas, das flores e das vidas que estavam surgindo... Saio da casinha velha e volto o caminho todo, já bem diferente, verde, terra livre de folhas e as borboletas me recepcionando como imaginei em todos os meus sonhos, na época contraditória onde me encontrava no estado letárgico de hibernação.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A espera do encontro.


Previamente chorava junto com os meus Deuses que desde antes estamos em uma simbiose perfeita... Articulando isso posso declarar que hoje fez sol, conseqüentemente não chorei.
Estou bem hoje, mas esse bem vem acompanhado do desejo de tornar a ver ou possuir, transformando em uma nostalgia gigante... Que coisa é essa coisa da saudade.
Quero extinguir-la.
Proferir por palavras uma vez que não vou estar presente fisicamente, mas minha alma sim, meu coração sim, meus pensamentos sim, meus sonhos sim, minha esperança sim, meu futuro sim.
Um dia pode fazer sol, pode chover, não vou saber... Quero só ter o conhecimento do que vai acontecer quando for o DIA, o dia do encontro dos espíritos livres!

domingo, 1 de fevereiro de 2009



Ventos mais fortes sopraram hoje... Ate parece que os Deuses queriam aliviar alguma dor.
Uma dor que acabara a cada noticia, mas que agora se alastra em todo o meu peito e sentidos.
Sentidos os quais já estavam debilitados.
Tento pensar, que não importa a distância, mas não consigo... Choro por não ter os meus estimados tão pertos.
Agora mendigo aos Deuses, que soprem até o último dia, o dia que não vou poder mais tocar os meus estimados...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Espero que sim...



Dou um pouco de mim, para que levem algo concreto do meu amor.
E fico na esperança que no nosso encontro, cada pedaço esteja intacto.
Por ser simplesmente o meu AMOR!

domingo, 25 de janeiro de 2009

O Fim?

São duas e quinze da manhã, luzes laranja se espalham em todo o caminho que você percorreu ate chegar a seu repouso. Essa é à hora e a visão no momento que estava lendo seus relicários.
Eles me emocionaram muito, nem sei se serei o mesmo depois deles. Nunca pensei que sentiria o que estou sentido agora, sem querer relatá-lo.
Estou com a foto que você me deu e disse nela que era a felicidade... Como pode ter uma felicidade tão complexa e triste? Sei que não é notável, mas o que você chamou de felicidade é triste.
Os seus relicários não só me emocionaram com as palavras bonitas e bem escritas e sim o que elas estavam representando... Lembrei então que avia Le dito, “você pensa de mais”.... Continue assim!Eu não pensei que fazendo o que queria na hora, poderia machucar o meu anjo da luz amarela, aquele que veio só para me trazer coisas boas... e ainda não sei se o Deus que te enviou vai me castigar, espero que sim, eu vou merecer.
Mas essa duvida já esta acabando, porque o pior castigo que o seu Deus poderia me proporcionar é tirar você de mim e [isso] ele já esta fazendo, mesmo você me vendo chorar e vindo me conforta, falando que sempre vai estar comigo.
Só vou agradecê-lo por ter me enviado o melhor anjo que ele tinha e pedi perdão por não saber aproveitá-lo.
São 02h49min, as lagrimas de ontem retornam hoje e ainda caem, porque alem do que fiz, lembro-me que fui anjo de alguém e o meu protegido ainda foi muito pior do que fui com você, e mesmo assim fui um “escroto”. Será que vai ser assim? Será que todo anjo vai ser um “escroto” um dia?
Santo anjo! Fica perto de mim.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ligação

:"Seja responsavel!"

No limite do meu desespero na diversificação dos problemas ainda maior eles ficam.

.:" a responsabilidade eu tento, e você tem respeito?"

Os problemas maiores são aqueles que chegam a grupo... um ontem, mais dois hoje logo cedo.

: “tuntuntuntun"

Pelo menos tento ser responsável.

.: " Alô?"

Problemas acabados?

NÃO! falou a verdade.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009



Não tem amor;
Carinho;
Proteção;
Não tem[!]

Certamente quando faço por ouvir "The professor", tenho lembranças tristes e suaves.

Como pode?
Se nem a nossa parada de ônibus existe mais.

Queria não poder mais ouvir músicas.

reflectido



Nem de cenário precisa, para descrever um encontro com meu espelho.
E nem preciso usar frases feitas do tipo, “espelho, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?”... Para que tenha uma propensão de me querer bem todos os momentos.
Reflete às vezes o EU que sou e o EU que não consigo enxergar.
Inspira-me a cada dia a ser uma pessoa censurável e por isso tu eis a abertura envidraçada no frontispício do meu coração.
E com vários codinomes que tens... só te agradeço “dad”.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Anjo da Luz Amarela



Luzes amarelas contiguando com cores vibrantes da parede, faziam parte do cenário, onde encontrei e conversei com o meu espírito da luz amarela. Era um espírito de pele morena e olhos grandes curiosos, que me falou tudo que sabia mais sem saber que eu já cogitava. Mas nem o meu poder de percepção me ajudou a não deixá-lo me semiotizar, mas como espírito que é não tive escolhas, só escutar e me deliciar com flashes de luzes amarelas, que só me ofertou a pensar como ele e me sentir bem melhor...
Acho que cada um tem um desses, alguns o chamam de anjo da guarda... Mas é porque ainda não tiveram o privilégio de conversar... e quando tiverem, chamaram de AMIGO.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Minha elefante


Às vezes me recordo de como era bom ser protegido por você...
... Lembro da sua bravura e suas delicadas pernas bem cuidadas.

Proporcionava-me ensejo, falando que era o papai Noel que deixava meu presente, só o meu, de baixo da cama. Penteava meus cabelos, vestia-me para ir à escola, calçavas as minhas meias e dava o nó nos meus sapatos.

Cabelos dourados, olhos de mel, branca como um inferno em NY, eleita a mais bela de todas. (lagrimas caiem)

O dia em que se está tento não chorar, pelo menos na sua frente, mas se choro me pede pra parar, e me fala coisas que me deixa pensar calado. Suas pernas ainda são delicadas, mas seus cabelos estão escuros e seus olhos de mel têm esperanças e todos os dias, você é eleita a mulher mais linda, por mim.

Mesmo te vestindo, penteado teus cabelos agora curtos e enxugando suas lagrimas que às vezes deslizam em seu rosto, vejo que tem poucos predadores, porque eis forte, grande, por isso poucos vão te ferir.
Quero ter um pouco da sua fé, da sua coragem, da sua paciência... Por favor, me faz ser forte, eu não sei... Sei que posso, tenho seu DNA. Quero ser forte replico.

E já com seu raciocínio importunado, me fala:
"- Assim que ficares forte... ficarei fraca e partirei."

Meio contraditório e compreensivo, mas é a única vez que peso para ser fraco.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Presente no futuro



"Se você permitir, ficara tudo"

Seu passado no seu presente, se permitir transluzir. Deixarar o aprendizado, mas não deixar tomar conta do seu futuro-presente.....
....Foto....



Às vezes atrevido sou, quando quero algum tanto, Sexy às vezes quando solto fumaça e falo que "te quero agora". Declaro que não fui assim, aprendi a ser, porque até então não conhecia que era bom. Atrevido sou,quando me pergunta se sou corajoso, e respondo "nado nu".

O olhar devorador que tive, explica seu interesse para ser casado... Com isso a fome aumenta.

Percebe então que o atrevimento se tornar maior, que da primeira vez, e me fala... “vale apena encará-lo num ultimo olhar e beijar a morte". Ainda entro em objeção, e cogito que pra morte não tem mais volta e seu arrependimento terá que morre também. Mas falo para alguém que ainda acredita no amor e capaz de nadar nu. E mais uma vez deixo sem noção e sem palavras, quando te solicito, para que delicie a morto, o predador o atrevido sexy.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Buracos no lençol


Um pouco descomunal amar, as vezes é separar uma parte de um todo, sem motivo.
Um amor que não foi puro, mas por ser incapaz de se reproduzir.

Sentia-me tão protegido e confortado, com o lençol que me abrigava, ele era simples, de baixa qualidade, fino, mas era o único. Não foi pelo preço, além do mais foi um preço muito caro que tive que pagar, para te-lo... e sim porque eu achava que era o mais simples,em tanto era o que iria durar para sempre.
Imaginava uma vida inteira com ele, sempre cuidando para que não depravar-se. Imaginava de mais, não foi suficiente, deveria imaginar que existem cogitações.
Com o tempo as traças surgiram, tentei ao máximo evitá-las, mas o lençol sempre caia no chão, ele não se ajudava, sempre tinha que apanha-lo. Mas uma vez cansei de sempre protege-lo, esse era o papel dele. Tinha me cansado.... mas de repente o vi nos meus pés novamente, tentando me proteger. Fiquei tão feliz em ter o meu lençol, o puxei com total convicção que iria me proteger, e imaginei isso, mas vi que já estava com buracos... buracos os quais se espalhavam em toda sua espessura. Tentava me cobrir e me sentir seguro, não conseguia mais, ele além de ser fino, estava com buracos e dessa vez não imaginei, mas concretizei que não me serveria.
Ainda quero um lençol caro, mas que seja de boa qualidade, talvez internacional, seda pura... talvez esses durem, mas não vou imaginar isso.

E o meu lençol? Joguei fora.

Ivo Rodrigues