sábado, 28 de março de 2009
"Os normais"
(Ler bem descontraído)
Salve, salve, chegou a hora dos desconhecidos, dos atrevidos, dos loucos e das amostradas.
Da eloqüência e do poder;
Da vitória do ser;
Estamos aqui ao vivo, para salvar a vida dos desenganados, para alegrar os tristes, conversar com os solitários, viver com os “de bem com a vida”;
Beber sem dirigir, beber sem lançar pela boca o conteúdo gástrico, beber, “viver”;
Comer comida gelada, acordar cedo, tomar suco de maracujá no café da manhã e ir para o trabalho e simm! Assistir aula bêbado depois de um problema em casa;
Correr para chamar um taxi, tomando café e ajeitando o cachecol, tudo isso em Nova Iorque;
Cantar no banheiro, chorar no banheiro, escorregar no banheiro;
Falar sozinho, sem ter um amigo imaginário;
Acreditar em Deus -“ave Maria!”, chamar a mãe;
Falar de mais, falar abobrinha, falar com os gestos, observar, nadar, correr, brincar!
Estamos aqui sempre que vocês precisarem, liguem....
...liguem para as suas vidas.
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Um velho dirigia-se aquela notória praça, a fim de tranqüilizar-se com sua própria essência. Levava consigo seus objetos de pintura. Planejava transpassar para a branca tela uma nova imagem que tivera visto dessa praça. Estava ela hoje ornamentada para um ato efervescente, parecia até que as crianças que ali brincavam; os cachorros que corriam; as velhinhas que cochichavam da vida alheia; os passarinhos que chilreavam o horizonte que se iniciava; sabiam a grandiosidade representativa daquele dia. Todos estavam impecáveis, prontos para serem personificados em uma tela com cores motivadoras de uma alegria borbulhante.
ResponderExcluirNão, não!Isso não esta certo! Embora haja ideais libertários, a expressão que aqui vejo... Esse cubismo invadiu minha pintura! O que há aqui são formas de um obscurantismo geométrico cujas cores dialogam sobre um cinza monocromático que persiste a clamar pelo negro e seus afins. Isso não esta certo.
Fitava a obra coçando sua careca de poucos fios prateados. Sem saber o que fazer, afligia-se. Os seres e as coisas notaram sua inquietação, mas tentaram manter a calma, mostrando ao velho homem que a resposta era evidente e o botão da solução estava prestes a brotar. Já sujo com a tinta que usara, percebeu o contraste entre essa e a coloração da praça.
Por que esperar se eu posso fazer o futuro acontecer agora?
Dessa perspectiva descontínua decidiu remontar a pintura com a subjetividade e a irracionalidade que era inerente ao pintor e a obra, decidiu não jogar fora a tela- queria usar esse estrume como matéria-prima para a flor que fora citada, uma flor que seria cheirosa e sã. Foi buscar no subconsciente dos sonhos a inesgotável sabedoria para recriar-se, mas diferente do surrealismo, usou da coerência da sua aquarela para adequar a imagem que deveria ser pintada com o equilíbrio de seu expressionismo real.
Formidable, entonces mi preciado, ¿Qué te parece?
Cravou seu olhar com obstinação naquele chafariz que se encontrava no meio daquela tela- agora de cores vivas que brincavam entre elas; cochichando o outrem; chilreando a liberdade das palavras; correndo para o cordial afago.O sol parecia tê-lo tornado vivo. E foi nessa pupila aquosa que o velho homem viu o mais lindo reflexo de sua vida
Saudades de viver nós.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir'Mesmo que nossos lábios não se cruzem novamente, posso dizer em silêncio, tudo aquilo que ficou escondido para sempre. Haverá momentos em que nossos pensamentos se encontrarão no espaço (com certeza), e assim,sentiremos falta de estarmos juntos novamente.'
ResponderExcluirSe toda vez que eu fechasse os olhos e ganhasse um beijo seu, fecharia os olhos novamente, e para sempre.
"Se eu pudesse novamente viver a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério."
Sabendo claro, que pode ser a hora de todos neste mundo. É o momento de ser feliz, de dar uma risada, de dizer que TE AMO. Pode ser o momento de partir, de chegada e até de despedida. Ta na hora de ser louco, de ver o sol e abraçar a lua. De rir incasavelmente da maior besteira de um amigo. É chegado o momento de ser feliz. E o tempo de cada sorriso que perdura no teu rosto lindo traduz o teu olhar que me esconde um monte.
E neste momento, só a vontade de te ver novamente, mata a saudade de ter para sempre.
E ainda posso dizer que cada ligacao, cada toque, o sorriso, te olhar. A tua voz, o cheiro, o teu andar, o teu corpo... enfim, voce que é uma felicidade ambulante, é um grande amigo, um louco da loucura feliz.
Só os normais, estranhos seres, são felizes.
ResponderExcluirNão sofrem mãe louca, pai bêbado, filho delinqüente.
Não amargaram a casa dos outros
Nem choraram uma doença desconhecida.
Eles, fartos de roupas e de sapatos,
Viveram os dezessete rostos da aletria.
Atravessaram crises e epidemias incólumes.
Eles que nasceram com a bunda para a lua.
Eles, os normais, são amados até o punho.
Homens vestidos de trovão e mulheres de relâmpagos.
Altos funcionários, se querem um emprego.
Galantes pleibóis, se não querem.
Eles são felizes como as aves, o estrume, as pedras.
Mas que dêem passagem aos que fazem os mundos,
as sinfonias, os sonhos, as palavras.
Que destroem e constroem, a esses, mais loucos
do que as mães, mais bêbados do que os pais,
mais delinqüentes do que os filhos e muito mais...
Devorados por amores calcinantes.
E basta.
Lázaro Barreto em Paráfrase de Roberto Fernandez Retamar
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
ResponderExcluirSe insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão
Fernando Pessoa