Vendo o que passou ainda sentada nas areias de Ipanema, olhando para as luzes iluminando a Praça do Arpoador. Lembra das luzes de velas que viu os fieis devotando ao seu santo, dos cantos, das vontades, o empurra-empurra, os choros e as mãos para o céu.
Olhando para o chão e para os seus pés, sente como é bom ter tido essa experiência que achava que não existia, imaginou quando chegou de volta, contando para as suas amigas as grandes e empolgantes novidades e vendo que para elas não tinha a importância merecida e experimentada.
Voltando para casa, agora já bem escuro, abre a porta do seu Chambord, sentando com os pés para fora e tirando a areia deles com um lenço da mesma tonalidade do seu vestido. Acende um cigarro, liga o toca-fitas... "Oh my baby, just care for me". Ficou se questionando sobre essa verdades regionais que não tem muita explicação e não fazem nenhum sentido pra quem é de fora.
Para não ter preconceito, basta conhecer.