segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Outono.



Cor de laranja ele se encontra, o meu jardim de árvores grandes, que contorna um caminho até chegar a um abrigo de madeiras podres.
Mas até chegar nesse abrigo, você passará por folhas secas e alaranjadas, não terá flores, entanto novas vidas surgiram você ira perceber pelo sentido da vista.
Tão lindo o meu jardim nessa época do ano, mas trazendo a memória, não existem flores, e com isso as vidas que preciso não se encontram nesse período.
Então caminho até o meu abrigo quase abrandado, no caminho mais lindo que já vi, as árvores me acompanham, com seus troncos escuros combinando com as folhas laranja que cobriam o céu ainda límpido. Então fico a espera interiormente até a chegada das borboletas, das flores e das vidas que estavam surgindo... Saio da casinha velha e volto o caminho todo, já bem diferente, verde, terra livre de folhas e as borboletas me recepcionando como imaginei em todos os meus sonhos, na época contraditória onde me encontrava no estado letárgico de hibernação.

4 comentários:

  1. "Somewhere over the rainbow, skys are blue..."

    ...e as borboletas que entornam o ser que repousa num contentamento descontente, eis que surgirá, não mais que de repente, mas repentinamente, o teu sorriso. Aquele que contenta na espreita, a espera de um milagre. E neste outono, ao voar, as borvoletas, levam e trazem consigo as cores, as flores, a vida! E levanta-te, e vai. Voa!

    (liquidificador)

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  2. "Somewhere over the rainbow, skys are blue..."

    ...e as borboletas que entornam o ser que repousa num contentamento descontente, eis que surgirá, não mais que de repente, mas repentinamente, o teu sorriso. Aquele que contenta na espreita, a espera de um milagre. E neste outono, ao voar, as borvoletas, levam e trazem consigo as cores, as flores, a vida! E levanta-te, e vai. Voa!

    (liquidificador)

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  3. Surpreendo-me quando te digo algo e sua retórica é o simplório, mas assaz: "eu já sabia".Como?Se agora observo-te pela cerca do teu genuíno jardim e esta te impede de ver a verdade através deste espelho lacrimoso.

    Talvez por que no Outono o sol incida homogeneamente seus raios por todo o planeta.Talvez por que a duração dos dias e das noites sejam equivalentes em toda a superfície.Talvez.Nessa palavra encontra-se o sentido das minhas hipotetizações,as vezes são tão deterministas que posso considerá-las proféticas.Sabe o "inventário de Stendal"?Refiro-me ao "le rouge et le noir".Bem, tenho em minha memória, remotos trechos, provavelmente aqueles que falam muito do meu presente.Sorrio ao pensar que fui capaz de prever algo sem saber que o fazia.E vejo você fazer o mesmo,agora,neste jardim.

    Não te preocupas com estas folhas.As secas o vento levará,as demais servirão de matéria orgânica para o nascer das flores.Que tipo de animal tu és?Um urso que alimenta-se durante as estações que lhe convêm e hiberna em letargia para não enfrentar o selvático inverno?Não!Tu és um Elefante.Um Elefante que irá regar o solo,aduba-lo paras as novas vidas que estão por vir e para manter as árvores que te dão sombra e frutos.Quanto a teu casebre, reconstrói-o,pinta-o!Não a furta-cor, mas com as cores rutilantes daquele ser que eu dissera ser a minha Felicidade.

    Quando fores concretizar teus desejos oníricos, olharás para trás e veras teu jardim suspenso, tal como o babilônico.

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