quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sempre tentando.



Andando numa rua escura e melancólica, com uma nevoa me cegando. Uma rua estreita e antiga feitas de pedras e trilhos de bondinhos, os prédios todos com três andares, antigos a ruínas, só tenho a luz de dois postes e o nascer da lua. Faz frio e silêncio... Só consigo escutar minha respiração ofegante e os meus passos apressados.
Parei enfrente de um prédio que me chamou atenção, ele tinha aparência de velho, como os outros, mas ele era o mais velho, por isso minha ATENÇÃO, era um antigo cinema já fechado, mas ainda tava lá, a bilheteria com os vidros empoeirados e rachados, com ingressos ainda no balcão. As portas vinho com dourado de madeiras podres e descascadas, as luzes que serviam para chamar a atenção para os filmes exibidos, quebradas! Aproximei-me mais e vi que do lado da porta tinha um papel velho e amarelado grudado, continuei aproximando-me para tentar ler as letras já desgastadas com o tempo, e tinha... “Siga em frente que acharas o que procuras, mas não entre no beco sem luz”.
Sai meio assustado e olhando para trás vendo o prédio sumir por conta do nevoeiro. Virei-me para frente e comecei a andar a nevoa na frente quase não tinha, não conseguia olhar para os lados com medo de ver o tal beco sem luz. Minha respiração ofegou ainda mais, estava no meio da rua, tropeçando nos trilhos, de repente uma chuva muito forte começou a desabar, corri para debaixo de outro prédio que dessa vez era um antigo hotel, que na entrada tinha uma lona que terminava até a rua, fiquei lá debaixo morrendo de frio agora. Meus cabelos molhados juntos com meus braços, não chegou a molhar muito por ter sido rápido na escapada. Tentava tirar a umidade do meu corpo, a chuva ainda muito forte, olhava para frente e não via nada... Tão rápida que ela veio mais rápida ela acabou, e com isso deu para os meus olhos agora renovados, enxergar o que estava na minha frente e do pequeno hotel, quando vejo, era ele, o beco sem luz, fiquei pasmo, meu rosto soado e molhado com a chuva e a correria, soando mais por conta do medo. Respirei e andei ate o meio da rua e vi que no final do beco tinha sim uma luz, meu coração quase para quando vi. Continuei andando para chegar mais perto e a luz apagou como se alguém tivesse me visto, dei um passo para trás e me virei para continuar minha caminhada, com agora a rua cheia de poças e mais fria do que antes.
Como todos os meus sonhos sempre acordo sem saber o final, sempre fico frustrado.
Penso agora... O que será que tinha nesse beco? O que era aquela luz? Quem apagou? E o porquê não poderia entrar lá.
Mas sabe, que por isso quando estou acordado, sempre TENTO, para nunca ficar nessa incerteza. E um dia desanuviarei a atmosfera dessa história.

A voz do meu sonho



Por que sentir sua voz no meu sonho?
Acordei com sua voz suave e delicada. Uma voz protetora como de uma Deusa de um templo Grego.
O meu despertar foi um pouco assustador, por ter uma facilidade espiritual de uma bela comunicação, mas sempre preocupante.
Confesso que procurei outra mulher quando a senti, mas logo me deu um sinal que era você, você, a escolhida, desde uma noite quente de um sábado.
Estava a sua procura.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Outono.



Cor de laranja ele se encontra, o meu jardim de árvores grandes, que contorna um caminho até chegar a um abrigo de madeiras podres.
Mas até chegar nesse abrigo, você passará por folhas secas e alaranjadas, não terá flores, entanto novas vidas surgiram você ira perceber pelo sentido da vista.
Tão lindo o meu jardim nessa época do ano, mas trazendo a memória, não existem flores, e com isso as vidas que preciso não se encontram nesse período.
Então caminho até o meu abrigo quase abrandado, no caminho mais lindo que já vi, as árvores me acompanham, com seus troncos escuros combinando com as folhas laranja que cobriam o céu ainda límpido. Então fico a espera interiormente até a chegada das borboletas, das flores e das vidas que estavam surgindo... Saio da casinha velha e volto o caminho todo, já bem diferente, verde, terra livre de folhas e as borboletas me recepcionando como imaginei em todos os meus sonhos, na época contraditória onde me encontrava no estado letárgico de hibernação.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A espera do encontro.


Previamente chorava junto com os meus Deuses que desde antes estamos em uma simbiose perfeita... Articulando isso posso declarar que hoje fez sol, conseqüentemente não chorei.
Estou bem hoje, mas esse bem vem acompanhado do desejo de tornar a ver ou possuir, transformando em uma nostalgia gigante... Que coisa é essa coisa da saudade.
Quero extinguir-la.
Proferir por palavras uma vez que não vou estar presente fisicamente, mas minha alma sim, meu coração sim, meus pensamentos sim, meus sonhos sim, minha esperança sim, meu futuro sim.
Um dia pode fazer sol, pode chover, não vou saber... Quero só ter o conhecimento do que vai acontecer quando for o DIA, o dia do encontro dos espíritos livres!

domingo, 1 de fevereiro de 2009



Ventos mais fortes sopraram hoje... Ate parece que os Deuses queriam aliviar alguma dor.
Uma dor que acabara a cada noticia, mas que agora se alastra em todo o meu peito e sentidos.
Sentidos os quais já estavam debilitados.
Tento pensar, que não importa a distância, mas não consigo... Choro por não ter os meus estimados tão pertos.
Agora mendigo aos Deuses, que soprem até o último dia, o dia que não vou poder mais tocar os meus estimados...